ECO DO LAMENTO

Sigo a marcha fúnebre das ilusões

Tombadas pelo sopro de realidade

Por uma visão de novos tempos

Tempos adivinhados sem crédito

De estranhas aparições no céu triste

Poluindo o meu ar de tempestades

Esfumando a paisagem que me rodeia

E cinzento é promovido por suspiros

Apagando o mito da vontade que teme

Os turbilhões de raiva sob os meus pés

Encaminhando-me errante pela solidão

No rasto de uma viagem até nenhures

Sem relógio dilato-me pelo tempo

No efeito denso de nuvens sombrias

Que se perfilam no eco dos lamentos

Rachando as hipóteses das noites

Num triste relato de um espelho bárbaro

Marcando a alma com o símbolo das etapas

Já dilatadas num antes datado