ARTE, REFLEXÃO E SILÊNCIO
Juliana Valis
Poesia é uma música que se ouve no silêncio,
Pelo vestígio das horas vertendo, aqui, na vida,
Em cada labirinto frágil - e sem saída -
Dos sonhos que tivemos e podemos ter...
E você constrói suas ilusões de agora,
Como estrelas que dançam pelos céus do mundo,
No afã de vê-las, sem perder a hora,
O seu coração precisa ser profundo
E tão pulsante quanto a paz que chora,
Diluindo o tempo no amor fecundo !
Desculpe, assim, o que vier
Ao cerne de cada letra estática,
Nessa estrada indene, tenho fé,
E minha alma é leiga em matemática,
Não sei contar, mas sei que é
Emoção insigne na prática...
Pois não há mais véu na dor que existe
Nesse escarcéu da humanidade,
Se o mundo é vil, injusto e triste,
Como esconder a realidade ?
Como escrever o que persiste
Em cada angústia, ao fim da tarde ?
----
Juliana Valis
Poesia é uma música que se ouve no silêncio,
Pelo vestígio das horas vertendo, aqui, na vida,
Em cada labirinto frágil - e sem saída -
Dos sonhos que tivemos e podemos ter...
E você constrói suas ilusões de agora,
Como estrelas que dançam pelos céus do mundo,
No afã de vê-las, sem perder a hora,
O seu coração precisa ser profundo
E tão pulsante quanto a paz que chora,
Diluindo o tempo no amor fecundo !
Desculpe, assim, o que vier
Ao cerne de cada letra estática,
Nessa estrada indene, tenho fé,
E minha alma é leiga em matemática,
Não sei contar, mas sei que é
Emoção insigne na prática...
Pois não há mais véu na dor que existe
Nesse escarcéu da humanidade,
Se o mundo é vil, injusto e triste,
Como esconder a realidade ?
Como escrever o que persiste
Em cada angústia, ao fim da tarde ?
----