Liberta-me!
Na fuga do cerco solitário,
Encontra abrigo em um peito vazio.
Recebe integral amparo,
Concessão de amor, em demasia...
Cuida das abertas feridas,
Fecha a fenda da amargura.
Granjeia gratidões eternas,
Ignora o desafiar da falsa ternura...
Refeito o vigor, asas curadas,
Pronto á voejar e os ares alcançar.
Em busca da liberdade imaginária,
Novo horizonte, melódico cantar...
Nas algemas da possessão exclusivista,
Mantém refém da insípida união.
Atrás das grades da insegurança egoística,
Conserva em cárcere a abominável escravidão...
Imploro por piedade, apelo por absolvição,
Por favor, eu suplico! Abre as grades da prisão.
Assina a carta de alforria!
Liberta meu coração...
Campinas, 18/02/2008.