Minha amada
Prostrado diante ti,
Busco nas estrelas as respostas que me pedes
Num universo infinito delas, nenhuma tem as respostas que me pedes
Forço a objectiva da minha lente e, não vejo nada de exuberante
Troco as lentes e, volto a fitar o céu preto e brilhante de infinitas estrelas e, nada´
Não encontro as respostas que pedes…
No universo infinito das estrelas, nas assimetrias dos continentes e oceanos
Busco, nas profundezas do mar, junto aos corais mas raros um peixe sábio
Mas, ele também mão me quis segredar as respostas que pedes
Num emaranhado lúgubre de paisagem agreste
Só vejo a cobiça para a miopia dos meus semelhantes
Farsantes de uma comédia épica de amor e progresso
Não há um cassítio para segredos…
Prostrado diante de ti,
Minha amada casa, confesso-me confuso
É tanta perplexidade parida nas ruas e avenidas
Até há momentos em que me interrogo; de que somos todos feitos?
Cedo me lembro, devo-te respostas
As respostas que me pedes
Devo dizer-te que terás de esperar por mais tempo…
Minha amada casa, pelas respostas que me pedes.