Fumo

Fumaça que sai do lábio afora

De quem não anseia outra aurora

Dormindo em minha terra, acordando em outra

- Minha terra, é meu sonho da madrugada!

Porém os sonhos que tenho

Esvaziam-se como o fumo,

Que envenena, encurta e enluta

As esperanças vividas que não empenho

Pois o corpo já não mais luta.

Fumaça ludibriada que se perde ao céu

Enterrando o porvir num mausoléu

Tragando de si a própria vida

Caminhando afora de sua terra em partida.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 29/02/2008
Código do texto: T880461
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