CHORES, MULHER!
(Para a mullher que vi chorar a dor
alheia, e à todas as outras que chorando
prosseguem na sua via dolorosa)
Choras pela dor, embora, alheia
É a compaixão que está a te assaltar
Choras pela dor que não é tua
Vês a brincar, crianças pela rua
Buscando nesta vida seu lugar!
Choras pela dor de outra mãe
Se não bastasse lamentar
Da vida, os teus tormentos
O filho alheio ganhará os teus lamentos!
E às outras mães, estarás a consolar!
Pois o teu Mestre a dizer de triste hora:
Quem sempre chora, poderá ser consolado
Feliz será o que sente a dor outro
Contigo tens aquele que sofre calado
Chores por ele, a sofrer caminho afora!
Sobradinho-DF, 24/02/08