Trezentos caminhos...
Caminho cego pelas ruas perdido pelos sons estranhos
Pelas esquinas desconhecidas.
Sigo sem saber para onde ir, em encontros e desencontros.
Comigo carrego, em uma velha mochila, minhas grandes perdas...
E meus profundos danos.
Minhas costas já se cansam facilmente
Ainda tenho trinta anos, mas é como se tivesse trezentos...
Trezentos espinhos...
Trezentos funerais...
Trezentos caminhos que não dão para nenhum lugar.
Sou um homem enferrujado e destruído.
Sou uma alma prostituída.
Onde estará meu antigo sorriso?
Onde estará a minha máscara?
Caminho cego pelo mundo perdido na neblina de meus tormentos...
Pelas impossibilidades de um único bom momento.
Sigo sem saber para onde ir.
Sigo sabendo que jamais haverá um repouso.
Apenas caminho...
Até alcançar o fim de meu horizonte.