Vida morta

Feliz porque já é morta estatueta.

Na vida a mercê do vento.

Os sentimentos não ditos,

As lembranças nem vividas,

Já morta,

Nem sofre, voa...

Dores, queimaduras, lampejos, raios e trovões,

Perdida referência guardada nesse lago abissal de tristeza.

Descuidava da vida não dita!

Palavras, versos, conversas,

Negados aos ouvidos

Pronto, matou e morreu!

Tudo resolvido?

Simples cantigas acalentam...

A falta faz a quem?

A estatueta é morta,

Só lamenta a perda, sentiu.

E se me dão licença...

Morta não faz falta,

E nem tem tristezas...

O amor,

Cristalizou.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 21/02/2008
Reeditado em 21/02/2008
Código do texto: T869273
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