EU ME APAGO
Cantar bonito nunca mais eu vou
Pois tua ausência me faz diminuto!
Pequenino, insignificante, somenos...
Só renascerei, se renascerei
Caso tu venhas me buscar; acalentar.
Cantar teus olhos é o que desejo
Mas o desejo nada mais é que inexistente
Tão imaginário quanto o beijo que me deste
Puro e casto quanto o nosso sexo
Inexistente, vaporoso, rarefeito.
Vertigem muito breve e gostosa
Vi teus olhos aqui tão perto
Beijei os teus lábios neste verso
Mas quero terminar este poemeto
Pois não agüento mais tamanha saudade.
Pensava que escrever me tranqüilizaria
Mas me deixa nervoso e ofegante
Mais irritado, mais impaciente!
Mas cônscio de que te perco todo dia
...mais triste, mais melancólico, mais triste
[mais triste, mais triste, mais triste!]
Pretendo acabar com este corpo
Que Te Tem Por Alma Insubstituível
Que chorará alegre quando morrer
Pois não há inferno mais horrível
Que o castigo de não te poder ter.