Principio da Angústia

Que segredo há nessas rosas tão tristes,

Como testemunhas da infâmia do mundo,

Ou esquecidas pelo crime de nunca olha-las...

Em cada nascer do sol, dos dias mergulhados em angústia,

No ar que silencia as vozes,

Que faz renascer o medo,

E apreende em nossos corações uma dor ilimitada...

Em todos os mares que compõem a imensidão,

Nas paredes imponentes que separam mundos,

Estão as marcas que definem o vazio da alma.

Estas são pedaços que nunca serão reunidos,

Apenas partes desconhecidas,

Um ponto perdido nos precipícios do sofrimento.

Não há segredos que confessem a cura,

Ou provoquem tais maldições.

Apenas a sede de rosas espinhosas,

Que absorvem gotas de vida dos corações humanos.

Neste solo regado com sangue,

Não há pôr-do-sol,

Eternamente feridos pelo sabor da tristeza,

Estarão nutridas pela incerteza do amor,

E morrerão com um beijo sem nome...

Gabriel Russelle
Enviado por Gabriel Russelle em 18/02/2008
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