Principio da Angústia
Que segredo há nessas rosas tão tristes,
Como testemunhas da infâmia do mundo,
Ou esquecidas pelo crime de nunca olha-las...
Em cada nascer do sol, dos dias mergulhados em angústia,
No ar que silencia as vozes,
Que faz renascer o medo,
E apreende em nossos corações uma dor ilimitada...
Em todos os mares que compõem a imensidão,
Nas paredes imponentes que separam mundos,
Estão as marcas que definem o vazio da alma.
Estas são pedaços que nunca serão reunidos,
Apenas partes desconhecidas,
Um ponto perdido nos precipícios do sofrimento.
Não há segredos que confessem a cura,
Ou provoquem tais maldições.
Apenas a sede de rosas espinhosas,
Que absorvem gotas de vida dos corações humanos.
Neste solo regado com sangue,
Não há pôr-do-sol,
Eternamente feridos pelo sabor da tristeza,
Estarão nutridas pela incerteza do amor,
E morrerão com um beijo sem nome...