Quando...?

Será que não há ninguém para enxugar as minhas lágrimas enquanto permaneço na escuridão?

Quando...

Quando tudo isso irá terminar?

Oh, mãe... Não percebe?

Eu acordo todas as manhãs, visto as minhas roupas, calço os meus sapatos...

Fingindo encarar um mundo que me repele.

Você...

Você é que não quer ver a verdade.

Eu nasci para morrer.

Estou morrendo a cada minuto.

Estou morrendo, mãe...

Estou morrendo por dentro...

Em cada lágrima uma parte minha se esvai...

Permanecendo somente um corpo cansado e ferido.

Meus ossos... Os meus ossos parecem vidro...

Sou oco, um eco de um grito mudo.

Será que não há ninguém para enxergar as minhas lágrimas enquanto permaneço na escuridão?

Quando...

Quando poderei fechar meus olhos e sorrir em paz...?

E encontrar o meu lugar, encontrar o meu tempo, meu momento, o meu lar...?

Quando...

Quando irei me encontrar?

Quando alguém irá me encontrar?