MAR DE BOLSO

Sinto na pele a cólera dos vulcões

Forças que modificam a minha face

Dos sismos devastadores da alma

Até á incalculável força do olhar

Por campos abertos na autonomia de amar

E esse olhar dá voltas e voltas ao infinito

Dando frescura eterna ao meu intimo

Com sopros de ar puro ao meu profundo

Ditar o terror dos cumes montanhosos

No reino do meu vento de areia congelada

E estouro a ameaça da erupção da vida

No enigma do meu querer mais e mais e mais…

Tenho a idade do meu tempo deste tempo

Um errado calendário de pedra feita pó

Pó onde choro e faço o molde de lama seca

Do meu oásis invisível no deserto de solidão

Minhas lágrimas são um mar de bolso

Que me acompanha na pesquisa ao desconhecido

Não encontro o paraíso das nascentes quentes

Morada dos fantasmas que guardam tesouros

Nas areias de ouro das entranhas da terra

De onde me chega á pele a cólera dos vulcões

Prisioneiros na fonte da vida esquecida