MEU AMOR DISTANTE
Quem sabe eu ainda vá saber,
por que de mim estás distante?
Já nem me sobra um instante,
para falar, muito menos te ver.
Sei das grandes asas do condor,
e que muito alto consegue voar.
E, em outras paragens guardar,
o doce encanto, do meu amor.
Sinto que esgotam-se meus dias,
com as noites, num atroz delirar.
Quando será, poderei encontrar,
a que faz, vibrar a minha poesia?
Minha vida voa com a borboleta,
que passa e vai rumando ao céu.
Mas ela me deixou, jogado ao léu,
só, em meio a uma nuvem preta.
Tão longe vai meu pensamento,
buscando por ela, tão ausente!
Nem sei se a vida me consente,
O acalentar deste sentimento...
Marco Orsi