Despedida!
O vazio inunda a alma
Que de tristeza fenece,
Busca alivio desta tortura
Sem alento, padece.
Em meio à dor e a desilusão, sente-se só.
Ajudar? Ser ajudado? Que é pior?
No silencio ouço sua voz a me dizer: “Força!”
De onde tira-la?
A razão da minha vida partiu,
Atravessando o oceano num adeus,
Ou até nunca mais...
Levou minha alma,
deixou a angústia da separação.
Lágrimas incontidas,
Jorram ininterruptamente.
Não se vá, imploro não me deixes,
Sua imagem entalhada em meu peito
Lembranças do sonho inocente.
Não sei se morro ou vivo para revê-lo.
Oh! Pálida esperança,
Ainda renasce um fio de confiança,
Iludir-me, enganar-me, é o que me faz viver.
Negaste-me um ultimo momento suplicado
Tua repulsa magoou meu sentimento,
Tratando com indiferença a minha dor,
Ignorando o meu primeiro amor.
Tua partida atingiu o extremo da dor.
A saudade faz-me insana,
Uma loucura, sem cura.
Lágrimas de solidão,
Desventura.
Deste adeus sem compaixão...
CAMPINAS, 22-11-2002