A Cura
A Cura
Zanna Santos
Um sorriso me seria elegante,
Contudo o peso da tormenta,
A minha face estar a enrijecer,
Desabando todo o meu semblante!
Senhora de aspecto triste,
Peito guardião do coração abatido,
Que dantes saltitava afortunado,
Com a alegria de um eterno aprendiz!
Meus grandes olhos vazantes,
Fonte infinita dos meus ais,
Deságuam minha dor copiosamente,
Irrigando meu rosto de aspecto infeliz!
Só a leveza de um sorriso sereno,
Aflorar-me-ia a beleza entorpecente,
Tão maravilhosamente eloqüente,
Que toda amargura prostrar-se-ia a mim!