VÉRTIGO
Senti que morria
Me assassinava, fato.
Aquela que antes eu era, estava entregue, enterrada.
Mulher lançada aos julgamentos, mas sem asas.
Éramos o próprio silêncio. Tão vivas quanto fúnebres.
Em mim, tranquei e traguei minhas lágrimas
O horizonte desfalecido
O ar escasso.
Não sou o que você pensa
Mais que isso
Sou o que nem eu aceito ou compreendo.
Não me odeie por isso
Eu tive coragem de ser não mais uma utopia de todos.
Assim, já nascem tortos
Todos os moldes que rogamos caber.