Estou morta

O lápis agora rasga o papel

Como outrora a lâmina rasgou minha carne

E a sensação gritante dentro de mim

Se houvesse sido mais profundo

Nada poderia doer tanto quanto agora...

Tantas vezes usei a dor do corpo

Para esquecer a dor da alma

Eu quis me afundar na morte

Para esquecer minha própria sorte

Ah! Nada dá certo por aqui.

Que infeliz que sou.

Conto histórias a mim mesma

Para continuar mais um dia na "normalidade"

Mas o que é ser normal

Nesta terra de loucuras?

Cada dia mais eu sinto o peso

Das ações cometidas e das esquecidas

Qual eu deveria ter pesado mais?

Há tanta tristeza arraigada no meu ser

Eu tento não deixar me consumir

Mas uma parte de mim se apega em dizer

Estou morta! Estou morta!

Morta! Morte...

Vivian Arantes
Enviado por Vivian Arantes em 24/03/2025
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