Anna Está Dormindo

O rádio chiando, mentiras no fio,

um gole amargo, um corpo vazio.

O sol rasteja na parede fria,

a noite engole o que o dia adia.

Um último trago, um último adeus,

línguas sem fôlego, preces sem Deus.

Vidro e vodka, silêncio e dor,

Anna dorme - não sente mais cor.