Alma Marcada

Ontem minha alma sofreu
Foi forte, sobreviveu
À ferida sangrada
Mas a alma ficou marcada
Tive medo de olhar para trás
Para o passado que não se desfaz
Mas não quero mais lembrar
Não quero mais agonizar
Por tudo que se fez em mim
Por tudo que absorvi sem fim.

As vezes sinto me consumir
Uma marca que não quer partir
Mas penso no tempo
Sublime remédio para o alento
E retorno a caminhar
A mesma estrada pisar
A vida tem sua ironia
A machucar ainda que eu ria
A alma esta marcada
Em lanhos dilacerada.

A angústia soprou tormentos
Tristezas, longos lamentos
O que guardei não importa
Atrás de mim tranquei uma porta
Senti meu peito enrijecendo
Numa dor profunda sofrendo
Mas já não quero chorar
Quero as feridas curar
Aplacar todas as dores
Pintar meu mundo de cores.



Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 18/01/2008
Reeditado em 09/12/2008
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