Mais uma dose, Garçom!

Garçom! traga mais uma dose de amargura, mas uma bem forte, para acalmar os instintos de minha alma!

Garçom! Me faça um favor, traga seu rum mais forte para esquecer de minhas dores, e leve uma taça de vinho para aquela formosa dama da qual meu coração se aquece.

Garçom! Sabes, preciso de uma cerveja quente, necessito de lembrar de que estou insalubre e amargo por esses dias.

Garçom! Preço desculpas pelos devidos incômodos, sei que ouvistes muito de meus dias, mas acho que neste bar, não há nada que satisfaça meu ego corrompido e meu coração partido.

Garçom! Sirva me logo uma dose de cachaça para eu por a fora as borboletas que estão presas em meu estômago, e que emrbulham me aos cantos.

Garçom! Peço lhe mais uma vez, e mais uma última vez, que venha, e me escute, pois não sei se amanhã volto a este bar com esta mesma sede que tenho hoje.

Talvez, e espero que talvez, encontre o aparato de que minha alma precise, e não de mais uma dose de seu whisky barato.

Até mais, garçom! Boa noite!