SEM ASAS
Uma brisa vespertina,
Entra pelo vão da cortina,
Sussurra uma lira,
No canto da sala alguém suspira,
Expõe o vazio da alma, da vida,
Uma ausência sentida,
Em cada canto da casa.
Alguém recolhida – sem asas.
Envolvida pela fugacidade,
Mira por mirar o lúmen da tarde.
Alguém respira... fímbrias de saudade.