Há quem deixe de estar
Tratados de cortesia entre dois polos distantes
Seja por quilômetros,
Ou abstenção.
Que resguardam um significado único
Pertencentes à aquele momento
E nada mais.
Correntes que desfazem as trilhas perfeitamente elaboradas,
Arrastando o desmanche dos passos cadenciados
Rumo ao absoluto ostracismo
Que ofusca nossa visão.
Momentos vindouros que findam os ultrapassados,
Apagando da nossa memória
O que vinha intricado
No coração.
Rasuras que não passam disso -
O desgaste do atrito entre a tinta da caneta
E a parte externa da mão.
Fragmentos malquistos que não arriscam cruzar fronteiras
De lugares que não mais pertencem;
Que não possuem mais conexão.
As linhas imaginárias que tão sutilmente se desenham pelo firmamento,
E sobem o véu que separa o núcleo, da explosão;
Protegem os terceiros desavisados
Que trafegavam seguindo as passadas
Marcadas no chão.
Mas a trilha se esvai de qualquer maneira,
Coberta por uma fina camada de poeira
Resultante do constante atrito das correntes
Contra a vastidão do existir.
Há quem deixe de estar,
Há quem prefere seguir.