Desejosa Ventura

Onde estás doce ventura...

Que meu coração tanto deseja?

Levaste dos meus anos a candura...

Do futuro, nada mais enseja!

Perdi a conta de meus passos,

Por esse chão machado de lágrimas...

Manchado de suor... De sangue... Rastros...

Dor... Sofrimentos... Lástimas!

Cenário mutante este do mundo...

Estágios... Fases... Eras...

Na verdade, a ventura se esconde no fundo,

Não nas lindas paisagens externas!

O mundo é belo, de certo...

Mas toda sua beleza tem tempo, e passa...

Perceba ao redor... Ai bem perto...

Amanhã nada mais... Transpassa!

E onde andarás então...

A almejada e doce ventura?

Escondes-te no coração,

Nas estrelas, porventura?

Nesse longo caminho pedregoso,

Quanta desumanidade avistei...

E a ventura somente um sentimento desejoso...

Que por eras, e eras busquei!

Suplica este mortal coração:

- Onde estás? Oh, minha ventura?

Busco -te em sonhos... Na oração...

Sem ti a vida é tortura!

Guardiã da Ventura,

São Paulo, quarta- feira, 16 de Janeiro de 2008.

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 16/01/2008
Reeditado em 18/08/2021
Código do texto: T819836
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