Contratempos

Me pesa esse colar,

Colarinho apertado.

Me afogando na vida,

E nas flores. Ó rosas,

Quem diria seus falsos espinhos,

Que assim como, machucam.

Esse traje em vermelho,

Branco, de luto.

Desce aquela chuva,

Que não refresca, me queima.

Talvez limpo meus olhos,

Fingindo um sorriso, também.

E na névoa não vejo meu reflexo,

Nas barreiras ficam os sons,

Umas palavras, sussurros, amores.

E se o céu, tão grato,

Chorasse, me faria caridade.

O tempo para e eu penso:

Só que amanhã faz sol.

Pancho
Enviado por Pancho em 06/12/2005
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