Palavras e Silêncios
Em versos que cortam como navalha,
Palavras voam, ferem, dilaceram.
Mais afiadas que a espada mais valente,
Deixam marcas que a alma não esquece.
Na ponta da língua, veneno mortal,
Que injeta a dor no coração alheio.
Um corte profundo, uma ferida cruel,
Que sangra em silêncio, sem alívio.
Mas o silêncio também é uma arma,
Uma espada que fere sem tocar.
Nas entrelinhas, um grito abafado,
Uma esperança que se desfaz.
Em cada palavra dita ou não dita,
Um poder oculto, um destino incerto.
E as pessoas, cegas em sua ignorância,
Desconhecem o dano que inferem.
Sem medir as consequências,
Arremessam farpas, ceifam vidas.
E no fim, restam apenas cicatrizes,
Que na alma, ferida, busca em vão um alento.