Prevalecer

A cólera que me norteia

Faz jus aos incalços do caminho

Ela diz: mate o que tu odeia

Eu respondo: Então ficarei sozinho

Mas o que de mal a nisso?

Melhor só do que ser omisso!

O chicote que tanto dilacerá

Terá o seu fim no perjúrio de um ícone

Ícone morto, falso mas que não tardará

A ser da desilução um clone

Oh! vida desgraçada, antes que me mate

Perderá sua felicidade no meu abate

Quer sofrimento? Me dê

Aceito com regozijo

Aceito viver à mercê

Pois a vida eu sei que não dirijo

Anseio como nunca a morrer

Mas o meu orgulho intacto há de prevalecer.