O Amanhã
Que tristeza é esta que me envolve
Em meu mundo negro de cinzas e morte,
Minha neblina venenosa de infelicidade,
Minha pútrida sentença pela eternidade.
Meus sonhos esvanecem perante meus olhos,
E eu, diante deles, de joelhos, choro.
A morte reina nesta vida malfadada,
Minh'alma se despedaça em migalhas.
Mas por que choro entre a penumbra?
Por que sonho com a sorte futura?
Por que rezo com este triste olhar?
Por que viver se a morte vem me enamorar?
Por que sonhar se tudo amanhã vai acabar?
Para que a lágrima se amanhã serei nada?
(08/02/2005)