Volantim
Vagarei a eternidade em desertos,
Em ermos e florestas de concreto,
Buscando um graal santo e sangrento
De agonia, lágrimas, sangue e tormento.
Hei de encontrá-lo no coração de um anjo,
No palpitar de um seio santo,
Em meio à beleza loura e augusta,
O néctar de sangue que seduz e assusta.
Negro líquido acre de um sentimento,
Que será pela eternidade meu tormento,
Culminará num inferno de agonia e dor,
E, na ignorância, hei de chamá-lo de amor.
(em algum momento de 2005)