O outono faz minhas folhas se soltarem

O outono chega sussurrando,

as folhas, como velhos segredos,

despencam suavemente,

tombando ao chão, um manto dourado,

como memórias que se desfazem

em cada passo que dou.

O vento traz um perfume

de lembranças distantes,

abraços quentes que o frio

agora resgata de sua jaula,

e risadas que ecoam entre as árvores,

agora caladas,

como se temessem ser ouvidas.

Nostalgia me envolve,

como um cobertor desgastado,

cobrindo o que já foi

e o que poderia ter sido,

pintando a vida com tons de laranja,

mas também com sombras,

medos que dançam na penumbra.

As noites se alongam,

o sol se esconde mais cedo,

e com ele, a luz do que fomos,

dos sonhos que deixamos escapar,

como folhas arrastadas pelo vento,

sem direção,

sem propósito.

Outono é um eco,

um convite a olhar para dentro,

a confrontar o que ficou,

os anseios guardados na gaveta,

as promessas que se desfizeram

como a neblina ao amanhecer,

deixando apenas a umidade

e a lembrança do que um dia foi.

E assim, no crepúsculo do dia,

caminho entre folhas secas,

ouvindo a canção do tempo,

que canta baixinho sobre o que passou,

e mesmo com o medo à espreita,

há beleza na transição,

no ciclo que se fecha,

pronto para renascer.

Texto produzido pela INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)

Textos da Inteligência Artificial
Enviado por Textos da Inteligência Artificial em 27/09/2024
Reeditado em 05/10/2024
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