IGREJINHA DA MONTANHA

 

Aquela igrejinha tão estranha,

lá, bem no alto da montanha,

mexeu com minha curiosidade.

Toda bem pintada de amarela,

não tinha porta e nem janela,

e tinha escrito,a palavra saudade.

 

Num lugar distante e tão deserto,

quem a construiu e muito certo,

que deixou ali, uma recordação.

Talvez se tratasse de um jazigo,

e cheguei até a pensar comigo,

que ali morasse um coração.

 

Com aquela tão viva e bela cor,

só podia se tratar de um amor,

que naquele lugar faleceu.

E se tratasse de uma lembrança,

por que não e cor da esperança,

uma homenagem a quem morreu.

 

E  naquela região tão deserta,

quem fez aquilo foi um poeta,

que fechou com ela a sua dor.

Ele, nunca mais ali voltou,

e de seu jardim nada restou,

morreu de saudade a sua flor.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 02/09/2024
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