O abismo
Um quarto, escuro altar,
Onde a solidão me consagra.
Um corpo em agonia, um grito amar,
Uma alma em chamas, acesa e frágil.
Lágrimas escorrem, um rio caudal,
Lavando a dor que em mim se instala.
O peso da mente, um fardo cruel,
Me arrasta ao abismo, infernal.
Não quero mais cair, não quero mais sofrer,
Por sentimentos que me consomem sem ter.
Acho que cheguei ao limite, ao fim,
Da minha força, da minha fé, de mim.
Não quero mais dormir, com esse pesadelo,
Que me assombra e me atormenta, veloz.