Lampejo de Vida
Se eu morresse amanhã
Nada teria feito
E é isto que me rasga o peito
A dor do amanhã que não chega
E a luz do sol, proveitosa
Que nunca tocou tal alma lastimosa
Errante e inexpressiva
Pergunta-se, onde vai a estrada
Que tanto caminhou para nada
Em busca de seus sonhos
Preenchendo-se da vazia esperança
Esta que jaz em lembrança
Ainda assim, sem vida
Persiste sem saber o motivo
Penoso morto-vivo
Vagando pela escuridão do abismo
Continua a sua eterna jornada
Sem objetivo, em busca do nada