"Olhos de tragédia"
Brevidade interminável, curadoria da dor
Além de qualquer necessidade de voltar
Sob a força de depender, de algum lugar
Na espera que determina tempo de supor
O que seria? Por onde levaria minhas mãos
No caminho que desenhei ontem, e apareceu
Enfim, deste lado, meu hábito em convulsão
Eu habituei os espaços que ela me deu
E agora, cem horas e demoras pra contar
Na contagem do corpo, alheio sou a mim
E nem despeço do medo iminente, assim
Chão aguardando a queda da asa sem voar
Flutuando, apenas, rente ao olhos dela
E desaparecendo sob impacto, em espera
sumindo, e assim.