FIM DE TARDE
Esse mundo que me incendeia,
do sangue que ferve na minha veia,
resumindo, um mundo de solidão.
A dor que em minha alma arde,
que traz nesse finzinho de tarde,
as notas tristes de uma canção.
Monotonia que a vida infesta,
vendo que alegria, nada mais resta,
me deixa com tanta dor no coração.
Relembrando, meus antigos amores,
não vejo mais a beleza das flores,
só vejo o ponto final da ilusão.
A agonia louca que a saudade atira,
estou sentindo que nada me inspira,
viajo no tempo sem nenhuma direção.
Numa negra floresta, cansado me deito,
sentindo algo mexendo no meu peito,
tentando mandar para a alma, a recordação.