Juntar os cacos
Sua estática beleza
De boneca de vidro
Agradava meu olhar
Um ponto precioso
De pontual parte
Nunca perdida
Dos perfeitos dias
Não era do meu agrado, entretanto
Ver o que compunha seu tanto
Quebrar e perder encanto
Ser relegado a canto
Cobertura de chão manso
Destituído de visual canto
Deleite do hipocampo
Junto seus cacos
Pedaços cromados
Peças de macro
Personalidade
Em fragmentos molhados
Do seu lacrimejar disparado
Na ausência de seu valor
Inestimável
Colei cada vidro achado
Instaurei nova vida
Ao seu corpo restaurado
Me mantive ao seu lado
Para prevenir risco
De evento maligno
A ser evitado
Porém me pego em
Pensamento longe de ser
Calado
Sobre como seria se eu
Tivesse te impedido
De ter quebrado