Vazio, Eco, Abismo

Ando em silêncio

Enquanto observo o tempo

O vazio das coisas

O vazio dos pensamentos

A alma em silêncio e fria.

Ao longe escuto uma canção

Sempre ao longe

Distancio-me desses momentos

As palavras falham

Assim como os sonhos falham.

Não há mais verdades

Não há mais o que pensar

Há um vazio, um eco, um abismo:

O sopro da vida sendo jogada ao limbo.

Meus pés afundam na areia seca

Que o caminho gelado da existência

Reconstrói em cada chama apagada da esperança,

Mas não há esperança entre o querer

E o pesado presente das coisas ausentes.

Ando entre os dias e as noites,

O medo de cada hora que se apresenta

Para assistir o pesadelo existente

O acenar de cada adeus escrito em versos

Que voam pelos ares do esquecimento. Adeus!

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 11/08/2024
Código do texto: T8126476
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