Vazio, Eco, Abismo
Ando em silêncio
Enquanto observo o tempo
O vazio das coisas
O vazio dos pensamentos
A alma em silêncio e fria.
Ao longe escuto uma canção
Sempre ao longe
Distancio-me desses momentos
As palavras falham
Assim como os sonhos falham.
Não há mais verdades
Não há mais o que pensar
Há um vazio, um eco, um abismo:
O sopro da vida sendo jogada ao limbo.
Meus pés afundam na areia seca
Que o caminho gelado da existência
Reconstrói em cada chama apagada da esperança,
Mas não há esperança entre o querer
E o pesado presente das coisas ausentes.
Ando entre os dias e as noites,
O medo de cada hora que se apresenta
Para assistir o pesadelo existente
O acenar de cada adeus escrito em versos
Que voam pelos ares do esquecimento. Adeus!