Pó de Estrelas
As vezes
Só as vezes
É preciso sumir
Virar noite
E escurecer.
Por vezes
Só desejar
Não é o bastante
E preciso
Gritar e chorar
No mais alto e ebrio silêncio.
Tão pouco, às vezes
O coração para
A borda da noite escura
Falsamente clara
E bordada por estrelas
Todas em colapso
Gigantes vermelhas
Que irão fenecer.
As vezes
Só as vezes
É preciso resistir
Em sumir, desistir,
Mas sempre
E não às vezes
O destino de tudo
É virar pó de estrelas.
Para meu paiúco, que hoje é pó de estrelas...
LadyM
09.08.24