Penha
Tenho inveja de você, que terá a chance de me esquecer,
Não terá forças para lembrar de amar.
Que sorte tens, de não saber quem é
Eu sei.
Não tudo; mas o pouco que sei, dói.
E o que me salva, cruelmente, são as mesmas lembranças.
Você nem sabe do quanto eu lembro
E vai esquecer do quando eu te amo.
Você vai embora, vai amar de novo,
E eu vou continuar sonhando,
E pensando
E chorando
E lembrando
E tentando esquecer, que você não vai lembrar de mim.
Não serei beija-flor para mais ninguém
E “cê” nem vai saber que eu era só teu.
Que me ensinou a trepar em árvore e a chupar cana.
Tenho inveja de você, que não vai sofrer por perder o amor que me deu.