ENQUANTO CHOVE
Chuva fininha,
Ressoo...
Vidraça embaçada,
Embaçado espírito,
Vontade de gritar,
Dar vez ao eu sou,
Sair das entrelinhas
Dançar na chuva, me molhar,
Voar com as andorinhas,
Ganhar o infinito.
Mas, uma angústia desgraçada,
Impede minha jornada,
Sufoca o meu grito,
Me domina,
Sinto que não existo,
Que sou uma clandestina,
Distante de sim,
Que meus sonhos de menina,
...Se perderam de mim.
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ENGANO
Sonhos, sonhos que sonhei...
Há muito me desliguei,
valem nada, só fachada,
para enganar inocentes,
que acreditam piamente,
vão virar realidade.
Se enganam, pobres tolos,
como a manteiga nos bolos,
é só pura margarina.
Mas a vida nos ensina.