Sob a névoa
Ando por ruas estreitas,
Perdido em pensamentos sombrios.
Em mim, uma alma vazia,
Sem cores, sem um raio de sol.
O corpo se aperta, a garganta se aperta,
Num desespero que me sufoca.
A neblina invade meus olhos,
Nuvens negras encobrem a vida.
Minhas lágrimas, rios caudalosos,
Caiam sob a chuva impiedosa.
Perdido na escuridão,
Busco um pedaço de luz,
Para lavar a alma ferida.
A flor que um dia brilhou,
Agora, morta e cinza,
No jardim que se foi.
Um coração em pedaços,
Como vidro que se estilhaçou.