DESTINO AMARGO

No porto longínquo da partida,

Partiu o pai em busca da vida,

Deixando a família querida,

Em busca do pão da lida.

A saudade logo apertou o peito,

E rapidamente ele retornou,

Mas a língua maldita já havia feito

Suspeitas que o amor apagou.

Na noite escura e fria,

Ele se afogou na bebida amarga,

Os ladrões de sua agonia,

Observaram sua vida, a dura carga.

Seus amigos se disfarçaram,

E o destino cruel selaram,

Roubaram sua vida e seu sustento,

Deixando a família em lamento.

Agora a viúva chora solitária,

Os filhos sem pai na jornada,

A tristeza impera na morada,

Por conta de uma fofoca ordinária.