Uma fragrância existencial de mim mesmo
Sou a parte vazia da minha solidão
a insensatez crucial que abafa a dor
e faz derreter todo gelo mórbido desse coração.
Sou o momento esquecido dentre minhas ausências
meus ais existenciais, minhas desesperanças.
Creio que o nada se faz em tudo
e o silêncio arde dentro da alma
a esta alma deseja tanto ser eterna.
Sou parte inerte dos movimentos insalubres
que norteiam meus ideais e minhas tísicas tristezas.
Os espinhos furam e sangram minhas paixões
e cada rosa destila a sua arrogância aromatizada de tédio.
Sou a solidão carente dos poetas que fogem
de seus medos destilando a pureza egocêntrica da vida.