SONHOS NÃO FALAM
No meu mundo tão estranho,
e no abismo sem tamanho,
e nesse mesmo que mergulhei.
Vejo descer lágrimas insanas,
fiquei perdido nas savanas,
desde que da vida me afastei.
Dor gotejante,
sofrer constante,
e o motivo sei.
Por esses caminhos perdidos,
respondem sim, meus gemidos,
e não e um conto de fadas.
Percebi morrendo esperanças,
eu vivendo com suas lembranças,
não terão fim essas jornadas.
Visões que embalam,
sonhos que não falam,
noites sem madrugadas.
Em tristes momentos, suspirantes,
vejo meus rumos mais errantes,
por que não consigo esquecer.
Nesse desfiladeiro do abandono,
estou perdido desde o outono,
sem ter conseguido morrer.
Resposta vaga,
por que esmaga,
por tanto te querer.