Triste flor
Hoje acordei tristonha
olhando o vaso de flor.
Ela que era risonha,
morreu por falta de amor.
Começou na sementinha,
promissora de dias felizes.
Não sei se realmente continha,
do amor as suas matrizes.
Foi crescendo devagarinho,
por entre ânsias de realização.
Recebeu doses de carinho,
mas do amor, não teve a revelação.
Foi perdendo a tola esperança,
o cansaço tomando conta.
Buscando sempre a lembrança,
dos momentos de faz-de-conta.
Cada uma das pétalas perdeu,
no bem-me-quer, mal-me quer.
Arrancadas as folhas morreu.
Triste flor, sem seu bem querer.
Santos/SP - 09/01/08
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