Adeus
Não sei o que dizer pra mim,
se já não encontro palavra.
Páginas em branco me chamam...
meu livro quer que o escreva.
É sexta-feira.
Uma noite de luar me acena,
um nó cego na garganta me ronda...
A hora já não é de pranto.
A luz que vejo agora
já não é de lágrimas...
É hora de dizer adeus!
Baterei as portas
para não mais voltar...
Vou deixar as chaves.
Nada de olhar pra trás.
Não vou voltar.
A lembrança,
dor amarga...
ela grita,
quer que a abrace...
Já não falo.
Será um adeus silencioso...
sem embargo na voz...
Talvez a razão não esteja
nestes versos que escrevo,
mas ela também não está com vocês!
Talvez este poema não seja lido...
Talvez seja tempo perdido...
Ahhh... esse maldito talvez!
Eu,
eu não quero mais ouvir vocês!
Vou embora.
Mais um ciclo que se fecha...
Parto numa noite de sexta-feira...
Bato as portas,
Adeus!