LÁGRIMAS JUNTAM-SE ÀS ÁGUAS
Pesadas nuvens chegam ao sul
Em prolongadas tempestades
Trovões, relâmpagos em ação
Inundam campos e cidades
As lágrimas da população
Se unem às águas em intensidade.
Chuvas em grande tormento
Vão desde a serra ao cais
Nobres, súditos e plebeus
Se tornam ali tão iguais
Perdas de vidas e de bens
De plantações e animais.
Imensuráveis são os lamentos
Lágrimas juntam-se às águas
Em ruas que agora, rios
Cada rio rua deságua
Num oceano de dores
Desilusões e de mágoas.
A friagem se intensifica
Intensifica-se o tormento
Tais os ventos minuanos
Que trazem congelamento
Esconde-se o sol entre as nuvens
Debaixo do firmamento.
É a natureza em fúria
Em tragédia anunciada
Cobrando seu alto preço
Por ser demais maltratada
Ao homem bem mais valor
E a terra tão desprezada.
Que ao sul logo retornem
Sua beleza e encanto
E tudo se restabeleça
Cesse a dor e cesse o pranto
Da serra à planície e mar
Em tudo e em todo canto.
Recebo a magnífica interação do Mestre Jacó Filho
NO LIMIAR DA FÚRIA
A Natureza que tanto se doa,
E somente respeito nos cobra,
Atingiu o limiar que nos perdoa,
E hoje lamentando que não possa,
Vai nos mandando faturas,
Porque nos falta lisura,
Pra não errarmos a toa...
Já que tanta dor provoca...
A Natureza que tanto se doa,
E somente respeito nos cobra.
#Memorial Recantista#, Eu APOIO.