A PIANISTA
A penumbra, a sala vazia,
O piano aberto, silente,
À espera da melodia,
Das mãos macias, envolventes.
Solitário instrumento,
Inútil espera...
Não haverá mais momentos,
De cumplicidade sonora.
A pianista foi embora,
Foi tocar em outra atmosfera.
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POR QUE FOI?
Será que foi culpa minha?
Se você souber me diz,
porque ninguém adivinha,
e estou tão infeliz...
Solidão bateu, impera,
dói demais, nunca pensei,
o meu peito é uma cratera.
Calou-se, pois, o piano,
só angústia, desengano.
Parece nunca fui rei.