Poços gigantes

Meus olhos são poços gigantes

de tudo que vi,

que vivi,

que busquei.

Um poema começo agora

com um pedaço de nada

e nada mais no coração.

Não falam as flores

comigo mais...

Não vejo mais ninguém.

A água do mar é tão doce,

me veio o vento qual um açoite,

me lembrar que você se foi...

Um bocado de ilusões fugiram

e ganhei um punhado de amargura...

Bateu as portas,

virou as costas,

foi embora...

Na boca, o amargo do fel,

o gosto de sangue

e o ódio nos olhos...

Foi um adeus...

Um adeus de quem nunca existiu!