Estrelas
Um copo quebrado
qual um coração partido!
Uma luz brilhado no Céu,
eram estrelas no infinito!
Ao longe ouço um barulho...
é mais uma folha que cai...
A noite era um elo...
um elo entre eu e um poema.
O poema que a caneta
não hesitou em escrever.
Meus sonhos ainda são com a morte...
— Pergunta pelas estrelas!
Onde estão as estrelas?
Basta olhar para vê-las!
Onde está a beleza da vida?
Naquela flor que morria?
O poeta chora e agradece ao poema
ter lhe devolvido à vida!
E fica sem ter sobre o que escrever,
pensando na noite fria.
O Céu ponteado de estrelas...
eu quero vê-las!
O vento que leva as folhas,
arrasta um pedacinho da gente,
lembranças...
noite nublada...
a solidão do instante em que rezo
e olho pro Céu, querendo vê-las!
Onde estão as estrelas?
Basta olhar!
Sonhos de miragens em desertos!
Estrelas diversas...
E, eu aqui, olhando estrelas...
buscando, querendo vê-las...
A tinta tece no papel a sua teia...
e nasce de dentro da gente
lindo,
forte,
garboso,
nobre,
um poema!
O poema, senhores, o poema fere!
Ele magoa, ele entristece!
E Quintana diria: — Nobre animal, o poeta!