O FIM
Mar revolto e morno
Os peixes boiam
Inocentes
Mortos
E nós?
Brigamos por terra, por destroços
De uma 'humanidade"
Milhares querem o lucro!
Lotam a cidade
Submersa está
Querem o prazer agora
Querem a alegria no segundo
Fatal!
Fatalmente me deito em seu colo
Sinto em meus poros que tu entras em mim
E peço para me ninar
Cante a canção de Caymmi
Daquele boi tatá
Quero dormir em seus braços
E não mais respirar
Esse ar que contamina
O mundo
Os pássaros caem ao voar
A água insalubre
Não mata a sede
Me envenena
Uma imundície que grangrena
Mata a criança no ventre
Morre uma mãe...
Quem se importa?
A que gerou de tudo segue
Grita, geme
Quer nos expulsar!
-Gaia, não chores
Apenas venha me abraçar...